25 de junho de 2016

Estado de espírito

Ultimamente, sinto-me melhor, sinto-me feliz, sinto-me mais eu. Sinto que estou de novo em controlo. Sinto que sei, nem que seja apenas um bocadinho, escolher o que é melhor para mim. Já não me questiono quanto a muitas coisas, e sinto-me mais seguro de mim mesmo. Sei o que mereço e o que não me faz bem. Sei aquilo que dispenso, e naquilo em que penso. É estranho que para aqui chegar se tenha de passar por tanta rasteira, mas acho que é assim mesmo que deve funcionar. Caímos, mas levantamo-nos sempre. Afinal como disse uma personagem no último filme que vi no cinema: "Ossos frágeis partem-se, mas ossos partidos regeneram-se e ficam ligeiramente mais fortes. Os meus são muito fortes". É mais fácil agora seguir prioridades e principalmente, repensar e entender o que já lá vai. Talvez um dia o Inverno volte, mas, por agora, sorrio, porque é Verão.

16 de maio de 2016

Aquele amigo.

Ultimamente sinto-me "aquele amigo". Aquele que tem de ficar atrás do grupo, porque não cabemos todos no passeio. Aquele que é interrompido a meio de frases. Aquele que tem de perguntar se vai acontecer alguma coisa, para garantir que é incluído. E questiono-me se devia considerar isso amizades sequer. Porque eu estou sempre lá, para o bem e para o mal. Eu estou sempre lá quando o mundo desaba para qualquer um deles e tento ajudá-los a recuperar. Mas quando o meu mundo desaba, eu nem sei onde eles foram parar. Eu nem tenho notícias do que andam a fazer, quanto mais alguma manifestação de interesse por mim ou ajuda. Dói, e faz-me sentir sozinho. Até um pouco chateado quando me atiram à cara um "Não dizes nada" ou "Nunca mais ouvi falar de ti", porque quase parece que estou a lidar com estranhos, pessoas que não conhecem a minha personalidade ou pessoas que não se importam. Costumam dizer para não fazermos aos outros nada na esperança de que retribuam na mesma moeda, mas às vezes torna-se difícil não ficar desapontado quando se pensava que (mesmo não o fazendo na esperança disso), essa retribuição aconteceria naturalmente, coisa que não se verifica. Gostava de não ser mais "aquele amigo". Ou que as pessoas demonstrassem com ações, aquilo que dizem que eu sou para elas.


11 de janeiro de 2016

Farto.

Começo a ficar farto de muita coisa. Farto-me de achar que sou único e especial. E isto nem é ser convencido, antes fosse. É apenas ser realista, porque esse ser único e ser especial apenas me prejudica. Começo a achar que ninguém quer saber. Cada vez se torna mais comum encontrar pessoas que simplesmente "não se querem chatear" ou "não querem saber", porque é mais fácil. É mais fácil não se magoar, mais fácil desistir. Sinto-me sozinho quando penso que acho que vale a pena pôr os meus sentimentos e emoções na linha da frente da guerra, porque apenas me magoo. Porque mais ninguém o faz. No fim de contas eu é que me sinto burro por o fazer, mas também acredito que não o fazer não é solução. Para mim desistir nunca foi solução. Se acontecer é por ser a única saída do desespero e nunca por escolha. Começo a achar que sou o único a ser autêntico. Começo a achar que ninguém vale a pena. Começo a achar que estou sozinho e sozinho ficarei.


8 de dezembro de 2015

"Ser adulto" Vs. "Ser criança"

Acho que nunca chegamos realmente a ser adultos. Crescemos em altura, desenvolvemos em estrutura e aprendemos novas coisas, apenas. Vivemos experiências que nos moldam e nos dão (ou não) um sentido de responsabilidade. Mas não acho que as coisas mudem muito mais que isso. Há quem diga que quando se é adolescente se está revoltado com tudo e que as emoções são muito mais intensas. Isso quer dizer que ser adulto, significa pôr de parte essas emoções ou vivê-las de forma monótona e aborrecida? Se assim for, prefiro continuar criança. Sempre fui e serei de emoções fortes, porque sei o que é respirar e não me sentir vivo. São essas mesmas emoções que me relembram que estou aqui e que posso mudar o que me rodeia. É isso que me mostra que também sou importante. Sou uma criança com algum juízo, muita loucura, brincadeira e sonhos, muitos sonhos. Estamos aqui todos de passagem, mas sem estas características, a mim, parece-me que não andamos aqui a fazer nada de especial. E "não fazer nada de especial" não é opção para mim, que não sei se cá voltarei.


7 de dezembro de 2015

Ser chamado de "boa pessoa"

Não o sou. Conheço-me melhor que isso. Costuma dizer-se que quanto mais belo o sorriso de uma pessoa, maior a tristeza que esta carrega. Trata-se de saber o que custa e conhecer o outro lado da moeda. Eu sou chamado de "boa pessoa", mas não me posso definir como tal. Do outro lado dessa boa pessoa, está uma pessoa igualmente má. No fim de contas, somos todos um jogo de equilíbrios. Comigo, o lado apresentado, depende de a quem o apresento e da forma como essa pessoa interage comigo. Semeias ventos, colhes tempestades. Por definição tento ser boa pessoa, mas isso não significa que não possa tornar-me no teu pior pesadelo. Trata-se sempre daquilo que recebo em troca, porque toda a gente sabe que, neste mundo, nada se dá de graça. E por vezes é díficil ser esse equilíbrio. Por vezes, é díficil ser o amigo simpático que faz rir os outros e lhes alegra o dia, mas mesmo assim, tento-o ser. Não gosto de ser chamado de "boa pessoa", no entanto, porque sei de tudo isto. Sei que posso ajudar alguém a curar as suas feridas, mas também sei que se for preciso não hesito em reabri-las e colocar lá o dedo ou, às vezes, o braço inteiro. O que cria também destrói. E é uma coisa assustadora, esta habilidade que todos possuímos.

Sometimes.

6 de dezembro de 2015

Sobre falta de esforço

Começo a revoltar-me com a forma pacífica como lido com algumas situações. Porque no fundo, se não demonstro o meu desagrado, sou cúmplice de quem erra para comigo. Começo a cansar-me das faltas de esforço. Sempre ouvi dizer que quando as pessoas querem, as coisas são feitas. Quando as pessoas querem, arranja-se tempo. Seja para amigos, para mais ou até menos que isso. "Quando a gente ama, é claro que a gente cuida." - Uma frase bem bonita. E chateia-me quando isto não se verifica. Acabo por lidar com a situação com um "Não faz mal." e tento esquecer o assunto. Mas não esqueço totalmente. Porque no fundo, sinto-me magoado. No fundo, faz mal. Quando convido alguém para sair, ou para conviver, eu não quero ouvir um "Desculpa, mas afinal não tenho tempo porque bla bla bla" se for o caso de "Não, não me apetece. Desculpa". Prefiro mil vezes que me digam a verdade, do que tentem fugir ao assunto, porque eu acabo por entender. Especialmente quando são situações recorrentes. Substimar-me e achar que não vou perceber, é ainda mais insultuoso. Eu entendo que nem sempre se tenha vontade, comigo é igual. O que não entendo são aqueles convites que têm como resposta um "Ah, sim, acho que sim, mas posso dizer-te daqui a meia hora?" durante a chamada ao telefone. Isto tudo, para depois me mandarem uma mensagem de texto que diz "Desculpa, afinal não vai dar". E isto uma e outra vez, até serem cinquenta. É suposto eu acreditar que não me disseste logo que não, porque realmente tinhas de confirmar algo? Porque normalmente quando se tem de confirmar algo, ninguém dá "uma espécie de" resposta afirmativa. Simplesmente se diz que não se sabe e que se vai verificar. Dar uma "quase resposta afirmativa" ao telefone, para depois se mandar mensagem a dizer "Afinal não vai dar" pouco tempo depois, é simplesmente mau. Parece-me que já sabias que não dava. Parece-me que não tiveste coragem de me dizer logo que não, porque mal me dizes que me dirás meia hora depois, eu já sinto que a resposta será negativa. Serei vidente? Se eu consigo prever que é negativa, mais valia teres-mo dito na cara, nesse momento. Até fico a pensar se alguma vez reagi mal a uma resposta negativa, ao ponto de teres "medo" de seres honesto/a. Mas não. O problema é reajo sempre bem demais. E as pessoas habituam-se. Habituam-se a desiludir-te, porque contigo está sempre "tudo na boa", então não há mal. Espero que também não haja mal, quando eu me passar e explodir. Espero que nessa altura, seja "tudo na boa", também. Espero que nessa altura, o vosso "medo" de ser frontal se justifique. Chega.

A minha reação, quando as desculpas surgem.

5 de dezembro de 2015

Relações alheias

Às vezes, olho em volta e foco-me nas pessoas que namoram. Surge-me sempre este pensamento: Encontrar o "amor da nossa vida", não é fácil. Encontrar um "amor", também não. Diria eu, baseado nas minhas vivências. Mas depois pergunto-me: "E se for?". Ora, se é difícil para mim, seria difícil para pessoas em circunstâncias parecidas às minhas, algo que reparo que também é realidade. No entanto, todos temos vivências diferentes e às vezes o "timing" é tudo. Talvez, nesta situação, esse seja mesmo tudo. Mas depois vejo pessoas que saltam de relação em relação rapidamente e têm vários "amores". Será que eles acertam nesse "timing"? Ou será que nem são "amores", como os defino, mas oportunidades que surgem de forma desorganizada, que são aproveitadas sem boa fundamentação aparente e que com o tempo, se tornam em relações com sentimento? Serão essas pessoas mais "sortudas" realmente sortudas, ou apenas indivíduos que se conformam com formas "inferiores" do que eu chamo de "Amor"? Ou até pessoas que se envolvem em relações sem amor e que o criam, durante essas relações? Mas pergunto-me: Será que isso pode ser mesmo considerado "Amor"? Afinal, o que raio é o "Amor"? Hum... Autenticidade é uma coisa lixada. Se há duas coisas que são certas, é que isto não é propriamente uma corrida e que eu não entendo nada disto.

Estou tão confuso, neste momento.